OLá Pessoal estamos nos em comemora o nascimento de Cristo, mas há pessoas que acham que o natal é uma festa pagam este texto escrito pelo PR. Matheus Abraão, nos ajuda a entender a questão do natal.
NATAL
Muitas coisas são
escritas e ditas a respeito do Natal. Recebo muitos artigos pela internet
trazendo informações históricas a respeito das origens pagãs do Natal.
Fazendo um breve
resumo, o dia 25 de dezembro na cultura romana antiga era o dia dedicado ao
deus Sol, já que a noite do dia 24 para 25 de dezembro é a noite mais longa do
ano no hemisfério norte (no Brasil é o dia mais longo do ano), chamado de
solstício de inverno. Eles comemoravam que, apesar da noite longa, o sol vencia
as travas e renascia na manhã de 25 de dezembro. Haviam festas semelhantes em
outras culturas, mas a origem do Natal Cristão é a cultura romana.
Quando o cristianismo
tomou conta do império romano, os cristãos romanos alteraram então o foco da
festa, mas mantiveram seu significado. Jesus, o Sol da Justiça, nasceu para
vencer as longas trevas em que a humanidade estava imersa, como diz João, Ele
era a Luz dos homens e a Luz resplandece nas trevas.
Dizer que comemorar o
Natal no dia 25 é pecado, ou paganismo é superstição, acreditando que um dia
específico tem uma maldição incubada. Também o argumento que os Testemunhas de
Jeová usam, de que na bíblia somente os ímpios comemoravam aniversário, é
absurdo. Todas as pessoas comemoravam aniversário, o que a bíblia relata é um acontecimento
especial no aniversário de um ou outro.
É muito importante
termos a consciência de que todas as vezes que afirmamos que algo que Deus não
proibiu é pecado, nos fazemos legalistas. A Igreja estabeleceu um conceito
errado de legalismo que nega a importância de parte da Bíblia, como Lei de
Moisés, mas se enche de “leis gospeis”. Como se o evangelho não fosse
suficiente, criam mais leis opressoras, que proíbem isso ou aquilo, pecando
assim por tentar se fazer de Deus, o único que tem poder para estabelecer o que
é ou não pecado, e já fez na Bíblia.
Jesus nasceu entre os
meses de setembro/outubro, o mês judaico de Etanin, mas a bíblia não registra o
dia. Sabemos disso baseado na história do nascimento de João Batista, uma dica
que Lucas nos deixa em seu evangelho.
O Natal não é pagão.
Mas também não é Cristão. Pessoas são pagãs ou Cristãs. O que torna o Natal uma
data de pecado ou de benção é a maneira como cada um comemora o Natal.
Muitos separam o Natal
para adorar Baco, o deus da festa. O Natal é o dia de reunir com família e
amigos e comer. Espera-se ansiosamente a hora da ceia, para comer os deliciosos
pratos tradicionais e passasse o dia seguinte comendo as sobras da janta
natalina, mas Jesus fica de lado.
Outros comemoram o
Natal como dia de se adorar o deus Morpheus. Passa-se o dia descansando,
dormindo, deitado assistindo televisão e feliz porque pode ficar sem fazer nada
nesse dia.
Ainda há os que
resolveram dedicar o dia de Natal ao deus Mamon. Esse é o dia de comprar
presentes (ou vendê-los no caso dos comerciantes). Dia de gastar, de
desorganizar as finanças do próximo ano inteiro com as dívidas Natalinas.
Há aqueles que reúnem
todo o panteão. Esses acima citados realmente não deveriam comemorar o Natal,
pois estão ofendendo a Deus com sua prática idólatra.
Mas há aqueles também
que aproveitam o Natal para agradecer de maneira mais enfática a Jesus por sua
vinda ao mundo. Que aproveitam a data tão sugestiva para anunciar a bondade de
Jesus de se encarnar para iluminar nossa vida. Que cultuam a Deus nesse dia,
celebrando com vivacidade, cores, luzes a dádiva mais preciosa para a
humanidade que Deus realizou.
O Natal é época de
refletirmos sobre como recebemos o nascimento de Jesus.
Como Herodes, que cria
na Bíblia, até se cercava de teólogos para lhe informar sobre o que Deus iria
fazer, e o dia que descobriu sobre o nascimento de Jesus, procurou matá-lo para
não perder o reino. Herodes, como nós, tinha um reino, um espaço onde ele
tomava decisões. E como muitos de nós, ao se sentir ameaçado em seus domínios,
preferiu rejeitar Jesus, para que este não ameaçasse seu domínio. Tentamos
matar Jesus quando ignoramos seu reino sobre todas as áreas de nossa vida.
Como os Magos do
Oriente, que foram guiados por Deus até Jesus, reconheceram a Jesus como Rei
(Ouro) Profeta (Mirra) e Sacerdote (Incenso). Entregaram a Jesus seus bens
materiais (ouro) sua adoração (incenso) e reconheceram a morte vicária de
Cristo (mirra). Mas apesar dessa profunda compreensão acerca de Jesus e de seu
ministério. Apesar de crerem profundamente ao ponto de fazer uma viagem para
visitá-lo, voltaram para o oriente e continuaram com suas artes ocultistas.
Apesar de uma entrega de corpo e alma, não houve uma entrega espiritual. Não
queriam viver Jesus. Adoraram com seus lábios, mas o coração continuava no
oriente. Assim é a maioria de nós, que reconhecemos Jesus como ele é, sabemos
sobre Sua importância, às vezes damos dízimos e ofertas, fazemos assistência
social, vamos à igreja continuamente, cantamos todas as músicas do período de
cânticos, ouvimos com atenção a palavra, mas Jesus não entra ao ponto de
transformar radicalmente nosso ser, rasgar nosso coração ao ponto de
entregarmos tudo a Ele. Voltamos a práticas que nos sentimos no direito de
fazer, por sermos cristãos exemplares.
Ou podemos receber o
Natal como os Pastores. Eram pessoas rejeitadas pela sociedade, não tinham vida
social, trabalhavam de noite para dormir de dia. Não eram nem mesmo dignos de
depor como testemunhas em tribunais. Mas quando ouviram a mensagem do Natal,
deixaram imediatamente suas ovelhas no campo e foram adorar Jesus. Sofreram uma
transformação profunda, que de pastores de ovelhas, indignos de crédito
passaram a testemunhas de Jesus, anunciando a todos o que estava acontecendo.
Pessoas que entenderam o sentido do Natal, que transforma a vida daquele que
assim o quer. Que não é religião institucionalizada, mas vida abundante. Que
não vem para tomar o domínio pessoal de ninguém, mas para oferecer uma troca
por um jugo leve e um fardo suave.
Talvez algumas pessoas
da igreja acreditam que o Natal é pagão, porque os Cristãos de hoje são pagãos.
É como a mãe que vê seu filho usando cocaína e culpa Deus por ter criado a
planta de Coca na natureza, ou o traficante que processa essa planta para a
produção de pó, mas não consegue ver que o problema está no filho.
Para despaganizar as
pessoas não adianta proibir o Natal, porque o paganismo está dentro de cada
pessoa. Como nos ensinou Jesus ao ser recriminado por não lavar as mãos, o que
contamina o homem não é o que está no mundo exterior, mas aquilo que está
dentro dele. Para despaganizar as pessoas é necessário que haja um Natal dentro
de cada uma, porque “a Luz resplandece nas Trevas”.
Despaganize-se.