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sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Natal

OLá Pessoal estamos nos em comemora o nascimento de Cristo, mas há pessoas que acham que o natal é uma festa pagam este texto escrito pelo PR. Matheus Abraão, nos ajuda a entender a questão do natal.



NATAL

Muitas coisas são escritas e ditas a respeito do Natal. Recebo muitos artigos pela internet trazendo informações históricas a respeito das origens pagãs do Natal.
Fazendo um breve resumo, o dia 25 de dezembro na cultura romana antiga era o dia dedicado ao deus Sol, já que a noite do dia 24 para 25 de dezembro é a noite mais longa do ano no hemisfério norte (no Brasil é o dia mais longo do ano), chamado de solstício de inverno. Eles comemoravam que, apesar da noite longa, o sol vencia as travas e renascia na manhã de 25 de dezembro. Haviam festas semelhantes em outras culturas, mas a origem do Natal Cristão é a cultura romana.
Quando o cristianismo tomou conta do império romano, os cristãos romanos alteraram então o foco da festa, mas mantiveram seu significado. Jesus, o Sol da Justiça, nasceu para vencer as longas trevas em que a humanidade estava imersa, como diz João, Ele era a Luz dos homens e a Luz resplandece nas trevas.
Dizer que comemorar o Natal no dia 25 é pecado, ou paganismo é superstição, acreditando que um dia específico tem uma maldição incubada. Também o argumento que os Testemunhas de Jeová usam, de que na bíblia somente os ímpios comemoravam aniversário, é absurdo. Todas as pessoas comemoravam aniversário, o que a bíblia relata é um acontecimento especial no aniversário de um ou outro.
É muito importante termos a consciência de que todas as vezes que afirmamos que algo que Deus não proibiu é pecado, nos fazemos legalistas. A Igreja estabeleceu um conceito errado de legalismo que nega a importância de parte da Bíblia, como Lei de Moisés, mas se enche de “leis gospeis”. Como se o evangelho não fosse suficiente, criam mais leis opressoras, que proíbem isso ou aquilo, pecando assim por tentar se fazer de Deus, o único que tem poder para estabelecer o que é ou não pecado, e já fez na Bíblia.
Jesus nasceu entre os meses de setembro/outubro, o mês judaico de Etanin, mas a bíblia não registra o dia. Sabemos disso baseado na história do nascimento de João Batista, uma dica que Lucas nos deixa em seu evangelho.
O Natal não é pagão. Mas também não é Cristão. Pessoas são pagãs ou Cristãs. O que torna o Natal uma data de pecado ou de benção é a maneira como cada um comemora o Natal.
Muitos separam o Natal para adorar Baco, o deus da festa. O Natal é o dia de reunir com família e amigos e comer. Espera-se ansiosamente a hora da ceia, para comer os deliciosos pratos tradicionais e passasse o dia seguinte comendo as sobras da janta natalina, mas Jesus fica de lado.
Outros comemoram o Natal como dia de se adorar o deus Morpheus. Passa-se o dia descansando, dormindo, deitado assistindo televisão e feliz porque pode ficar sem fazer nada nesse dia.
Ainda há os que resolveram dedicar o dia de Natal ao deus Mamon. Esse é o dia de comprar presentes (ou vendê-los no caso dos comerciantes). Dia de gastar, de desorganizar as finanças do próximo ano inteiro com as dívidas Natalinas.
Há aqueles que reúnem todo o panteão. Esses acima citados realmente não deveriam comemorar o Natal, pois estão ofendendo a Deus com sua prática idólatra.
Mas há aqueles também que aproveitam o Natal para agradecer de maneira mais enfática a Jesus por sua vinda ao mundo. Que aproveitam a data tão sugestiva para anunciar a bondade de Jesus de se encarnar para iluminar nossa vida. Que cultuam a Deus nesse dia, celebrando com vivacidade, cores, luzes a dádiva mais preciosa para a humanidade que Deus realizou.
O Natal é época de refletirmos sobre como recebemos o nascimento de Jesus.
Como Herodes, que cria na Bíblia, até se cercava de teólogos para lhe informar sobre o que Deus iria fazer, e o dia que descobriu sobre o nascimento de Jesus, procurou matá-lo para não perder o reino. Herodes, como nós, tinha um reino, um espaço onde ele tomava decisões. E como muitos de nós, ao se sentir ameaçado em seus domínios, preferiu rejeitar Jesus, para que este não ameaçasse seu domínio. Tentamos matar Jesus quando ignoramos seu reino sobre todas as áreas de nossa vida.
Como os Magos do Oriente, que foram guiados por Deus até Jesus, reconheceram a Jesus como Rei (Ouro) Profeta (Mirra) e Sacerdote (Incenso). Entregaram a Jesus seus bens materiais (ouro) sua adoração (incenso) e reconheceram a morte vicária de Cristo (mirra). Mas apesar dessa profunda compreensão acerca de Jesus e de seu ministério. Apesar de crerem profundamente ao ponto de fazer uma viagem para visitá-lo, voltaram para o oriente e continuaram com suas artes ocultistas. Apesar de uma entrega de corpo e alma, não houve uma entrega espiritual. Não queriam viver Jesus. Adoraram com seus lábios, mas o coração continuava no oriente. Assim é a maioria de nós, que reconhecemos Jesus como ele é, sabemos sobre Sua importância, às vezes damos dízimos e ofertas, fazemos assistência social, vamos à igreja continuamente, cantamos todas as músicas do período de cânticos, ouvimos com atenção a palavra, mas Jesus não entra ao ponto de transformar radicalmente nosso ser, rasgar nosso coração ao ponto de entregarmos tudo a Ele. Voltamos a práticas que nos sentimos no direito de fazer, por sermos cristãos exemplares.
Ou podemos receber o Natal como os Pastores. Eram pessoas rejeitadas pela sociedade, não tinham vida social, trabalhavam de noite para dormir de dia. Não eram nem mesmo dignos de depor como testemunhas em tribunais. Mas quando ouviram a mensagem do Natal, deixaram imediatamente suas ovelhas no campo e foram adorar Jesus. Sofreram uma transformação profunda, que de pastores de ovelhas, indignos de crédito passaram a testemunhas de Jesus, anunciando a todos o que estava acontecendo. Pessoas que entenderam o sentido do Natal, que transforma a vida daquele que assim o quer. Que não é religião institucionalizada, mas vida abundante. Que não vem para tomar o domínio pessoal de ninguém, mas para oferecer uma troca por um jugo leve e um fardo suave.
Talvez algumas pessoas da igreja acreditam que o Natal é pagão, porque os Cristãos de hoje são pagãos. É como a mãe que vê seu filho usando cocaína e culpa Deus por ter criado a planta de Coca na natureza, ou o traficante que processa essa planta para a produção de pó, mas não consegue ver que o problema está no filho.
Para despaganizar as pessoas não adianta proibir o Natal, porque o paganismo está dentro de cada pessoa. Como nos ensinou Jesus ao ser recriminado por não lavar as mãos, o que contamina o homem não é o que está no mundo exterior, mas aquilo que está dentro dele. Para despaganizar as pessoas é necessário que haja um Natal dentro de cada uma, porque “a Luz resplandece nas Trevas”.
Despaganize-se.

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